Resenha: O último adeus. Cyntia Hand.

FOTO: Conto em canto.
     Estou muito feliz por ter lido esse livro e nem acredito que quase o deixei de lado, achava que a história era muito monótoma, muito "clichê", mas não é. Ele me surpreendeu, bem para o meio e só foi ficando melhor e estou muito feliz mesmo de ter dado mais uma chance e ter chegado ao final.
     O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. 
      Não sei se falei esse fato, mas amo livros que trazem a temática do suicídio, porque acho importante falar sobre o assunto, não falar sobre o suicídio com os adolescente não vai fazer o problema desaparecer.
      A história da Lex mostra uma outra versão sobre o suicídio na adolescência, mostra a versão dos familiares, dos amigos e de como as pessoas vão conseguir seguir em frente, às vezes parece muito difícil, elas vão ficar aqui tentando colocar a culpa em alguém, colocando a culpa em si mesmo, porque sempre há um "se", "se eu tivesse feito isso, talvez ele estivesse vivo", mas a verdade é que: ninguém pode salvar ninguém com achismos, a escolha de viver ou não viver está apenas nas mãos de cada um, a única coisa que podemos fazer é ter cuidado para uma pessoa não ser tão magoada a ponto de cometer suicídio.
      O livro em si, além da ótima história, tem uma diagramação incrível, ele é todo desenhado com lápis tinta azul, como se fosse o diário da própria Lex, ela é sincera com seus sentimentos e é maravilhoso ver o sentimento dela, é muito real, tem a raiva de si mesma e dos outros por não terem impedido a morte do seu irmão, tem a fase chorosa e por fim a aceitação. Acho que é um ótimo reflexo sobre os estágios da dor, sem romantizar, mostrando as coisas como elas são.
Nota: 9.0

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