FOTO: Conto em canto. |
O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz.
Não sei se falei esse fato, mas amo livros que trazem a temática do suicídio, porque acho importante falar sobre o assunto, não falar sobre o suicídio com os adolescente não vai fazer o problema desaparecer.
A história da Lex mostra uma outra versão sobre o suicídio na adolescência, mostra a versão dos familiares, dos amigos e de como as pessoas vão conseguir seguir em frente, às vezes parece muito difícil, elas vão ficar aqui tentando colocar a culpa em alguém, colocando a culpa em si mesmo, porque sempre há um "se", "se eu tivesse feito isso, talvez ele estivesse vivo", mas a verdade é que: ninguém pode salvar ninguém com achismos, a escolha de viver ou não viver está apenas nas mãos de cada um, a única coisa que podemos fazer é ter cuidado para uma pessoa não ser tão magoada a ponto de cometer suicídio.
O livro em si, além da ótima história, tem uma diagramação incrível, ele é todo desenhado com lápis tinta azul, como se fosse o diário da própria Lex, ela é sincera com seus sentimentos e é maravilhoso ver o sentimento dela, é muito real, tem a raiva de si mesma e dos outros por não terem impedido a morte do seu irmão, tem a fase chorosa e por fim a aceitação. Acho que é um ótimo reflexo sobre os estágios da dor, sem romantizar, mostrando as coisas como elas são.
Nota: 9.0